VOLTAR por Dra. Lúcia Tina

B. Bardot… Mulher nota mil?

por Lucia Tina

Brigitte Bardot acaba de completar oitenta anos de idade. Apesar da perfeição como mulher, falhou como mãe… não de seus animais, mas de seu único filho declaradamente rejeitado.

Em sua biografia autorizada, publicada em 1996, Brigitte menciona que preferia ter dado à luz um cão do que ter parido seu filho, referiu-se à maternidade como um tumor cancerígeno e, após o divórcio, entregou o filho Nicholas ao pai, sem qualquer dedicação afetiva ou financeira. Além disso, a atriz declara que tentou abortar com socos na barriga, mas não conseguiu. Durante a gestação também tentou o suicídio.

A ofensa declarada chegou aos tribunais a pedido do filho, juntamente com seu pai. Ambos queriam direitos sobre o lucro do livro, mas o tribunal francês condenou Brigitte a pagar $26 mil para o ex-marido e $17 mil para o filho de indenização por dano à honra e exposição da privacidade.

No Brasil, muito se discute sobre o direito de expor a vida alheia em uma biografia, pois há histórias que não se contam sem mencionar terceiros. Porém, se houver dano à honra, devidamente comprovado, aí sim, cabe indenização. Mas o abandono afetivo é uma questão consolidada nos tribunais. Isso não significa que se pretende obrigar alguém a amar um filho, isso não dá. Contudo, como bem afirmou a Ministra do STJ Nancy Andrighi: “Amar é faculdade, cuidar é dever!”. É com base nisso que muitos pais que se negaram a cuidar dos filhos vêm sendo condenados por abandono afetivo…

Conclusão: o rapaz está casado, tem duas filhas que não conhecem a avó. Brigitte está só, cercada de cães e gatos… cada um com a família que escolheu.

 

por Lúcia Miranda

Escritório Agree



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Craque só de bola…

por Lucia Tina

Recentemente, Romário criticou Pelé por ter negado a paternidade da própria filha durante trinta anos e, após o reconhecimento forçado, não compareceu ao enterro dela – “e ainda se diz católico…”

De fato, nesse jogo da vida Pelé deixou a desejar. Driblou a própria filha e, no final do último tempo, tomou um golaço sem ter a humildade de cumprimentar o adversário no leito de morte.

Bom, mas isso não faz do inimigo número 11 um craque neste jogo, pois já bateu na trave várias vezes no quesito família.

O tempo passou, e nada como um terno e gravata para moralizar a imagem e apagar o passado, exceto quando um desafeto baixinho fica zumbindo no Twitter, o que nos faz lembrar o chute do rei que, pela primeira vez na história, a torcida vaiou.

Está cada vez mais difícil fugir da paternidade, pois quem se nega a fazer o exame de DNA é presumidamente o pai. Antes era entendimento do STJ (súmula 301) e hoje é lei!

Sandra teve dez anos de vida com a paternidade declarada pela justiça, mas sem o que ela verdadeiramente buscou, o amor do pai. Decepcionada, tentou compor o sofrimento com a indenização pelo abandono afetivo, mas não obteve êxito. A justiça entendeu que Pelé não podia pagar pelo que não conhecia, pois não se abandona o que não se conhece.

E qual a desculpa para o cartão vermelho aos netos, filhos de Sandra? Dois meninos fanáticos por futebol, pelo Santos e pelo avô, rei dos perebas quando o assunto é amor… se é que me entendem.



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